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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
O Ministério da Justiça reagiu às críticas da relatora especial das Nações Unidas; Gabriela Knaul, relativamente à independência da Justiça, conforme consta do artigo ontem aqui publicado, recordando que a instalação de tribunais em contentores ocorreu em apenas três casos e que a lei já atribui às novas comarcas judiciais orçamento próprio.
Depois de uma visita de oito dias a convite do Governo português, em que falou com vários representantes do setor, a relatora da Nações Unidas fez uma conferência de imprensa em que declarou que aquilo que mais a preocupa na justiça portuguesa é a questão orçamental.
A relatora referiu que o bom funcionamento da justiça não pode ser limitado por questões orçamentais e o acesso à justiça tem de ser garantido, de igual forma, a toda a população; o que não está a acontecer. Disse que o poder judicial "não pode estar de joelhos, de chapeuzinho na mão, a aguardar recursos financeiros, providências e medidas administrativas para poder funcionar”.
Reagindo a estas declarações, o ministério dirigido por Paula Teixeira da Cruz argumenta que a discussão sobre a reorganização dos tribunais que arrancou em setembro passado “decorreu durante vários anos e foi amplamente participada”.
O ministério enumera as vantagens do novo modelo, que “aprofunda e alarga ao interior do país a especialização da oferta e introduz uma clara agilização na distribuição e na tramitação processual, prevendo uma autonomia das estruturas dos tribunais”. Mas foi precisamente de falta de independência que falou Gabriela Knaul, quando defendeu que os tribunais deviam aumentar a sua autonomia financeira e administrativa relativamente ao Ministério da Justiça.
“Os tribunais de primeira instância ainda são muito carentes de funcionários, de recursos financeiros. Temos, em Portugal, tribunais em contentores, a funcionar em condições extremamente precárias”, descreveu. Na resposta, o ministério diz que o recurso a “instalações modulares ou estruturas temporárias para acolher algumas instâncias” enquanto decorrem obras nos edifícios existentes apenas sucedeu em Faro, Loures e Vila Real, “tendo sido essa a solução escolhida por não ter sido possível encontrar alternativas viáveis”. No que à escassez de recursos diz respeito, “importa salientar que o diploma que procede à regulamentação da lei de organização do sistema judiciário prevê gabinetes de apoio aos magistrados judiciais e magistrados do Ministério Público”.
Afinal está tudo bem com a justiça em Portugal, conforme refere o Ministério da Justiça, e nem sequer há contentores mas “instalações modulares ou estruturas temporárias”. Apesar de todos lhe chamarem contentores, não só os operadores judiciários portugueses, os cidadãos do país, naturais ou residentes, e ainda a relatora especial da ONU.
Há um pequeno núcleo que orbita à vota da ministra da Justiça que, embora não tenha de facto uma visão distinta, esforça-se por querer transmitir uma visão particular, singular, especial, original… de branqueamento, num branco virgíneo que, no entanto, carece de maior e melhor comunicação, de preferência com um mínimo de correspondência com a realidade, uma vez que a simples alteração da denominação dos contentores não se tem revelado suficiente para fazer com que os operadores judiciários vejam aquilo que só alguns no Ministério da Justiça pretendem ver e pretendem que todos vejam.
As visões alucinogénias de alguns não têm que ter correspondência com a realidade nem sequer com a visão da maioria daqueles que de facto vivem os problemas no dia-a-dia.
Ainda há dias aqui referíamos as declarações do ex-presidente (exonerado) do Instituto de Gestão Financeira da Justiça (IGFEJ) quando garantia que “A ministra vive noutro mundo e não contou a realidade do que estava mesmo a suceder aos portugueses. Vive obcecada com a infalibilidade e queria apresentar, a todo o custo, a 1 de setembro uma nova aurora na justiça”.
Já Fernando Jorge, presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), em coluna de opinião no Correio da Manhã, de há dois dias, referia que:
«Na passada semana, no Tempo de Antena da RTP, o partido que suporta o Governo transmitiu uma imagem da Justiça e do funcionamento dos tribunais que mais parecia um episódio da “Alice no País das Maravilhas”: a reforma é um êxito, o sistema informático é irrepreensível, os processos são resolvidos em menos tempo, tudo está bem!
Mas a realidade é bem diferente! Infelizmente! Quem anda nos tribunais sabe o estado a que isto chegou: faltam funcionários, meios, instalações, o sistema informático funciona aos repelões, novos modelos de gestão são confusos.
Nunca o funcionamento dos tribunais foi tão deficiente e preocupante. Porque não vão os responsáveis do Ministério da Justiça aos tribunais? Vão verificar como estão a funcionar as novas secções de Comércio, Execuções, Trabalho. Em todo o País! São milhares de processos parados há anos em secções com falta de meios e em instalações degradantes, que em nada dignificam a justiça. É esta a grande reforma de que o Governo se orgulha?! Haja vergonha!»
Por mais que se queira lavar mais branco e assim se publicite, a realidade é que a mancha não sai, bem pelo contrário, quanto mais se pretende lavar, mais negra vai ficando. Aliás, o tecido está já tão enfraquecido, das lavagens, que já se está mesmo a ver que vai rasgar a todo o momento.
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Um movimento de fevereiro anunciado em Março! Mas ...
Ou seja, o "Sr. Costa".
Alberto Costa e NÃO António Costa!Os ministros da ...
.... Já diz o povo , "a Maria vai com as outras" !
Errado?Informe-se.Alberto Costa era o ministro.
Não?A Tutela não tem culpa da situação?O mais prov...
Apoiado a 100%
Errado.Costa foi M. da Justiça no governo de Guter...
Sim, nesses núcleos eu sei de casos que se passara...
É verdade! E quem era o ministro da justiça, quem ...
Ahhh caneco, a partir de 2022 eu Oficial de Justiç...
Os oficiais de justiça têm muitas queixas da tutel...
NÃO SERÁ BEM ASSIM. QUEM LHE DIS?SE
estalinismo não. embora haja quem goste, como pare...
Ouvi dizer que se não houver candidatos suficiente...
SOJ:(...) compete ao Parlamento Português dignific...
E evidente que vai ser uma fiasco. Mas quem é que ...
Incrível. Nesses mesmos núcleos?
Como é possível existir défice de auxiliares neste...
🤹♂️🤹♂️🤹♂️
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