Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
O Fórum Justiça Independente e a Ordem dos Advogados realizaram na semana passada um colóquio subordinado ao tema: “Reforma Judiciária: que rutura?”.
Neste colóquio participaram, para além de advogados e magistrados, alguns responsáveis pela gestão das comarcas.
Houve unanimidade nas conclusões obtidas pelos participantes sobre a análise deste período pós-mapa Teixeira da Cruz. As conclusões alcançadas não são novas, desde o dia 01-09-2014 que se conhecem e mesmo antes já eram abordadas, embora não estivessem comprovadas, como veio a suceder.
Antes de mais, concluiu-se que a Reforma Judiciária afastou de facto os cidadãos dos tribunais, com exceção, claro está, daqueles que vivem nas maiores cidades do país, pois destes a justiça ficou ainda mais próxima, especialmente nas 23 cidades que servem de sede às 23 comarcas. Mas o nosso país, embora pequeno, é bem maior do que essas 23 cidades.
Foram abordados outros assuntos como o princípio do juiz natural que passou a estar ameaçado, assim como o princípio da inamovibilidade da judicatura, e, bem assim, a nomenclatura das secções em vez de tribunais e os jotas numerados. Aliás, esta situação foi já objeto de proposta apresentada por esta página no âmbito do plano “Justiça+Próxima”, propondo-se o retomar da dignidade dos tribunais, substituindo as instâncias, os núcleos, as secções e os jotas, por tribunais de facto. Veja a nossa proposta que, embora semelhante, não é exatamente igual e foi esplanada no artigo de 26-03-2016 com o título de “A Nomenclatura do Mapa Judiciário”.
Entre outras das medidas propostas, por parte do Fórum, o juiz desembargador Pedro Mourão propôs a criação de um Conselho Superior Judiciário único. Esta opinião vem sendo partilhada por muitos magistrados e até pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais, tendo o seu presidente expressado total concordância com a criação deste Conselho único.
Esta certeza de simplificação a que Fernando Jorge adere, não nos parece, no entanto, tão certa assim, do ponto de vista dos Oficiais de Justiça e dos seus interesses, havendo o óbvio receio de que a concentração de conselhos possa vir a absorver todos os conselhos e, em tal absorção, os Oficiais de Justiça poderão ficar sem o seu conselho e passar a estar também absorvidos no tal conselho único. Por este motivo não afirmamos concordância com a criação deste conselho único, manifestando antes reserva, dúvida, receio e muita desconfiança.
Fernando Jorge, na sua coluna de opinião no Correio da Manhã, referiu-se ainda a intervenção da bastonária da Ordem dos Advogados da seguinte forma:
«A bastonária, com a frontalidade que lhe é reconhecida, "desafiou" os poderes ali representados a "ouvir" o cidadão sobre as reformas. Reafirmou a necessidade de permitir que muitas populações voltem a ter acesso à Justiça, o que passa por reabrir tribunais encerrados ou desqualificados. Isto também iria aliviar as “instâncias” centrais da elevada carga processual que têm atualmente. Mas, claro, para isso é necessário colocar nesses tribunais funcionários. E a necessidade do reforço do quadro de Oficiais de Justiça foi unanimemente reconhecida.»
Enfim, as conclusões são sempre as mesmas: os meios humanos, materiais e financeiros, a eliminação de atos processuais desnecessários e a reformulação de métodos de trabalho demasiado burocratizados, a independência do judiciário com autonomia administrativa e financeira, aprofundamento e consolidação da gestão conjunta dos tribunais pelo judiciário, entrega aos Conselhos Superiores da gestão dos sistemas informáticos e revisão dos estatutos profissionais.
O juiz desembargador Pedro Mourão conclui que «A reforma é sempre passível de melhorar pois já está experimentada na prática e as propostas são apresentadas por aqueles que diariamente lidam com a mesma.»
O presidente da Associação Fórum de Justiça Independente, Pedro Mourão, conclui: «Haja vontade. O cidadão agradece!» e o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais conclui assim: «De que espera o Governo?»
A ministra da Justiça anunciará na próxima semana as pequenas alterações a que não chama reforma e que se advinham sejam isso mesmo: pequenas alterações. Já aqui publicamos o artigo intitulado “Reabertura de Tribunais em Part-Time”, em 21-04-2016, pelo que o anúncio da ministra na próxima semana não constituirá nenhuma novidade.
A Associação de magistrados do Fórum FJI e a Ordem dos Advogados subscreveram um protocolo de colaboração no passado mês de dezembro e pode ser consultado na seguinte hiperligação: “Protocolo-FJI+OA”.
Os artigos de opinião de Fernando Jorge e de Pedro Mourão podem ser acedidos nas seguintes hiperligações: “ArtigoCM-FernandoJorge” e “ArtigoCM-PedroMourão”.
Recordo-me do facto de a luta sindical ter tido a ...
Um sindicalismo a reboque!...A reboque da última g...
DEPUTADO ÚNICOAssembleia da República - Palácio de...
Parabéns ao SOJ por mais esta iniciativa.O sindica...
Informação Sindical do SFJ de 27.01.2021(...) E o ...
Uns "outdoors" seriam apreciados.Curtos e grossos.
Não leste bem, falei em compensação de horas de de...
Completamente de acordo. Quanto ao outro Sindicato...
Jota Man, e por que não manter com uma compensação...
APENAS UMA QUESTÃO DE FUNDO.Queremos a compensação...
Grande SOJ.Se pelo diálogo nada conseguimos, então...
Discriminacao/vicissitudes! 20-01-2020 - País ao M...
Os servos foram desconsiderado e relegados para úl...
https://rr.sapo.pt/2021/01/25/pais/justica-pre-anu...
Imparcialidade é o que se quer!
Colega, com os meus cumprimentos,no seu serviço ex...
Está na altura dos representantes sindicais formul...
Pior mesmo só os gladiadores de futebol que são ob...
Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 197.º d...
Os Oficiais de Justiça vivem desde sempre em pleno...
mesmo 3º mundo! triste sina
Força na denuncia de qualquer ato de corrupção sem...
Para se fazer greve é preciso convoca-la, devendo ...
Mas não há uma greve?
Mas não há uma greve? Vamos ser sérios. Perante a ...