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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
A revista “Nova Gente” acaba de publicar uma segunda parte do mesmo vídeo relativo àquela festa de Carnaval aqui abordada no passado fim de semana, em que alguns Oficiais de Justiça no Campus da Justiça de Lisboa participaram e, infelizmente, colocaram o vídeo para acesso público na Internet.
A referida revista aproveitou o vídeo para o dividir em dois episódios (pelo menos para já). Na primeira parte (ou primeiro vídeo da semana passada) já toda a gente sabe que era relativo à dança com o bengaleiro. Esta segunda parte é a continuação da mesma festa, com um momento em que a brincadeira se dirige a um dos colegas.
Nada de novo nem de relevante, tanto mais que a tal festa já foi suficientemente abordada e esclarecido todo aquele saudável comportamento. No entanto, a brincadeira assume agora contornos graves, uma vez que a referida revista vai mais longe e persiste na sua sensacionalista visão que polui, não só os seus leitores – isso já é um facto incontornável – mas a extrapolação que se vem fazendo daquela estúpida interpretação distorcida.
Logo na capa, e em grande destaque, referem-se coisas como: “Novo vídeo polémico abre guerra na justiça”. Nesta afirmação a única coisa acertada é que o vídeo poderá ser polémico. Sim, é verdade, porque há quem o queira interpretar como sendo o dia-a-dia daquela secção ou mesmo dos tribunais deste país e, assim interpretado, é polémico, mas interpretado pelo aquilo que verdadeiramente é, ou seja, uma vulgar e sã brincadeira num convívio e numa festa, fora de horas e para o filme, então nem sequer é polémico, por ser natural.
Por isso, na afirmação: “Novo vídeo polémico abre guerra na justiça” não há nada de verdade: o vídeo não é novo, não é polémico e não abriu nada, muito menos uma guerra.
Mas há mais: na capa consta ainda outra afirmação: “Novo escândalo no tribunal”. Novamente é uma afirmação falsa, porquanto não só não há nada de novo como nem sequer há escândalo e nem aquilo se passa num tribunal, pois os serviços do Ministério Público não são tribunal.
Mas a distorção da realidade ganha contornos preocupantes com outra afirmação, também na capa e que diz assim: “Álcool e brincadeiras com algemas e de assédio sexual no campus da justiça”. Ou seja, na mesma frase mistura-se álcool, sexo e algemas, faltaram as referências às drogas e ao rock & roll, embora já soubéssemos que a música de fundo era do Joe Cocker.
As imagens não revelam nada disso. As imagens revelam ainda pratos com comida e garrafas cheias com bebida, o que é típico numa festa. Os pratos com comida também estão lá e não foram motivo de realce: “Escândalo: Comem no Serviço!” ou “Escândalo: Comida por todo o lado!”, ou talvez sejam estes os próximo títulos para as próximas revistas.
O facto das garrafas estarem cheias – e não vazias – também não foi motivo para se afirmar que, certamente, os intervenientes não estariam alcoolizados. Não basta dizer em letras grandes “Álcool” e já o povo lê: “Estavam todos grossos”.
Quanto às demais brincadeiras, seja com ou sem algemas, com ou sem chapelitos e gaitas ou confetis, a par de manifestações de afeto ou provocações galhofas, num ambiente de descontração e convívio, nem vale a pena falar mais disso. Este não é um país árabe, com leis religiosas fundamentalistas. Aqui os homens e as mulheres convivem sadiamente uns com os outros e podem todos beber as bebidas que quiserem, mesmo, pasme-se, as que contém álcool, o que já não é permitido em determinados países.
A revista “Nova Gente” só faltou mesmo atirar para a capa: “Escândalo: As Funcionárias não vestiam burca” ou até: “Escândalo: Nem burca, nem véu, nem lenço que cobrisse os cabelos, abre guerra na justiça”.
Quanto às imagens desta segunda parte, desta vez só estão acessíveis a quem comprar aquela revista e aí obtenha um código de acesso para ver tais imagens. Diz-se assim: “Exclusivo: código de acesso ao vídeo no interior da revista”. Portanto, como aqui não se faz, nem nunca se fez, tensão de adquirir a coisa, não temos vídeo.
É evidente que aquela revista é assim e tem o seu mundo de leitores e todos admitimos que já alguma vez a folheamos, no passado, quando não havia “smartphones” para consultar algo mais interessante e a encontrávamos atirada em mesas de salas de espera, assim passando o tempo com um sorriso nos lábios perante tão estapafúrdios temas. Mas não podemos admitir que se enxovalhe a dignidade daquelas pessoas, cujas caras são exibidas na revista e, muito menos, podemos admitir que se enxovalhem todos os que trabalham seja no Campus da Justiça de Lisboa, seja em qualquer órgão judiciário do país.
Esta publicação, com a sua deturpação e distorção da realidade, ofende, denigre, difama, desacredita e mancha a honorabilidade dos Oficiais de Justiça de Portugal.
Assim sendo, pese embora as reações dos sindicatos que representam esta classe, um num sentido outro noutro, o que os Oficiais de Justiça verdadeiramente esperam é uma reação esclarecedora imediata com publicação naquela mesma revista e com o mesmo destaque, por parte do Conselho que os representa, isto é, o Conselho dos Oficiais de Justiça (COJ).
Fossem imagens de magistrados e já os respetivos conselhos teriam vindo com comunicados públicos esclarecer o público, seja ou não leitor daquela revista, por isso, o Conselho dos oficiais de Justiça deve ter uma intervenção idêntica, aliás, basta copiar a postura e os esclarecimentos públicos prestados pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM), relativamente a tantas notícias deformadoras da realidade, para se elaborar um cabal e necessário esclarecimento que limpe o melhor que for possível o obscurantismo que sobre estes profissionais se pretende abater.
É certo que há quem defenda a inação, afirmando essencialmente que a revista e os seus leitores não têm importância alguma e mais vale ignorar a revista e os seus leitores. Mas aqui defende-se uma postura diferente. Se bem que a primeira vez ainda pudesse ser ignorada, uma segunda já é demais e mesmo que seja só para tentar esclarecer os leitores da revista, o que poderá nunca se conseguir, há de haver pelo menos um leitor, algum dia, numa sala de espera sem Internet “WiFi”e cujo “plafond” mensal da sua Internet esteja esgotado, que poderá pegar numa coisa daquelas e ler o esclarecimento e se for só esse o leitor, pelo menos um que seja, já terá valido a pena não deixar passar esta ignomínia caluniosa em branco, porque é falsa e desformada e perverte a realidade e os Oficiais de Justiça.
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Há mais de ano num gabinete do ministério...
Há anos que estão no cabeçalho desta página todos ...
Colegas, à dias falou-se do esboço do novo estatut...
Obviamente que interessa ao governo PS que a justi...
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Um movimento de fevereiro anunciado em Março! Mas ...
Ou seja, o "Sr. Costa".
Alberto Costa e NÃO António Costa!Os ministros da ...
.... Já diz o povo , "a Maria vai com as outras" !
Errado?Informe-se.Alberto Costa era o ministro.
Não?A Tutela não tem culpa da situação?O mais prov...
Apoiado a 100%
Errado.Costa foi M. da Justiça no governo de Guter...