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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
Donald Trump não é um fascista novo, é apenas um novo fascista. Personagens como esta vêm-se arrastando pela história da humanidade desde tempos imemoriais. Mas o problema não é a personagem mas a ideia que o suporta.
Trump não tomou o poder através de um golpe de estado, tal como Putin ou Hitler ou tantos outros ditadores também não o fizeram. Todos eles chegam e permanecem no poder graças a um vasto suporte popular e este suporte popular é composto por pessoas reais e estas pessoas reais pensam da mesma forma fascista que o fascista que elegeram. E este é o verdadeiro perigo: não é o indivíduo isolado mas a multidão que o aclama.
É fácil verificar como determinados indivíduos, com personalidades disfuncionais, quando chegam a cargos de poder se espraiam em atitudes ditatoriais. Vemos isto acontecer num qualquer chefe de secção com um par de gatos-pingados, tal como vemos acontecer num administrador, num diretor-geral, num secretário de Estado ou num ministro. Em todos estes cargos a tendência de determinadas personalidades resvala facilmente para a mentalidade fascista, acreditando que todas as suas decisões e ideias não devem ser postas em causa e ainda que contrárias à lei são-no por especial necessidade e mostram-se completamente justificadas.
Justificar a infração das leis democráticas, do Estado de Direito e dos preceitos constitucionais que servem de pilar à nossa sociedade, ainda que com um mero despachozito, é algo muito comum em personalidades com tendência fascista.
Isto é grave, sem dúvida que o é, mas mais grave é quando assistimos ao aplaudir dessas infrações e desses atropelos às leis e às elementares regras de funcionamento democrático por um bando de desmiolados fascistas que, de igual modo, consideram que a exceção vale a pena e mostra-se justificada porque valores mais altos se levantam; concordando com a infração, justificando-a e acreditando que é por bem.
Se podemos achar que uma personagem fascista é perigosa, que dizer de um bando de personagens assim?
Não podemos permitir que se justifique o injustificável nem achar que as boas intenções justificam tudo o que é injustificável. Qualquer que seja a decisão que desrespeite a legalidade do Estado de Direito, por mais banal e pequena que seja, deve ser combatida de imediato.
De nada serve alegar que a lei não se adapta às circunstâncias e por isso é necessário contorná-la, tal como de nada serve o argumento de que “é melhor assim”. Mesmo que os resultados possam mesmo ser melhores, não deixa de ser uma ilegalidade. Se a legislação está mal altere-se a mesma, corrija-se, aditem-se e revoguem-se preceitos e só depois se aja em conformidade e não ao contrário: agindo com as alterações mentais que cada um acha que deve introduzir, porque é o melhor para todos.
Diz o povo, na sua imensa sabedoria, que de gente cheia de boas intenções está o Inferno cheio, e é precisamente isso que aqui nos traz: as boas ilegalidades cometidas por todos os fascistas deste Mundo, estejam eles em cargos de direção de apenas alguns elementos até à direção de um país inteiro, apoiados e justificados por uma infame corja de indivíduos que suportam todas as ilegalidades e todas as destruições deste edifício de liberdade democrática que tanto custou a edificar.
As brechas surgem por todo o lado, greta a greta, fenda a fenda, rombo a rombo, o edifício vai rachando e ameaça desmoronar-se sob o aplauso de muitos.
Esta é uma mensagem de alerta que não será compreendida por todos mas que apela àqueles que a possam compreender no sentido de que não se pode ser minimamente transigente com gente tão perigosa, porque são muitos os Trumps que por aí andam, usem ou não o Twitter, tenham ou não um cabelo estranho e decidam para mais ou para menos pessoas.
Atribui-se a Bertolt Brecht (1898-1956) o poema abaixo reproduzido, embora tal não seja senão uma das muitas versões de um sermão de Martin Niemöller (1892-1984), que, por sua vez, fez uma adaptação do poema de Vladimir Maiakovski (1893-1930), intitulado: "E não sobrou Ninguém". Diz assim:
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora levam-me a mim
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Nao fumes menos que nao é preciso!🤦♂️
Qualquer "patrão" português que possa fazer o trab...
Completamente de acordo com o artigo. Há que desta...
"injustiças de uma administração governativa que, ...
Desculpe, mas não consigo entender que mensagem qu...
Já não é graxismo ou lambebotismo que se diz!! Ago...
Volto a parabenizar: Bem haja este blog!
Ainda não viram que querem nos aproximar cada vez ...
Lamento não concordar, mas à luz da realidade o q...
É verdade que a falta de oficiais de justiça é not...
Com o lema:"As Leis da República são para cumprir"
https://www.tsf.pt/portugal/politica/posse-de-marc...
O MJ que espere por mais de cerca de 3 anos para ...
BEM VERDADE!
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O Sonho:Sonhei que, os dois sindicatos se uniam.- ...
A única!!!??? Abra os olhos colega é por andarmos ...
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Quando este governo foi eleito, agora é que é... O...
ministra e governo só empurram com a barriga! gent...
ao anónimo de 23.02.2021 às 08:10, o que faz senti...