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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
Volta e meia os ratos apoderam-se dos tribunais e correm por todo o lado, tudo conspurcando. Procurando a comida que o seu olfato lhe diz existir nos tribunais, não procuram papel mas comida real daqueles que todos os dias ali trabalham e guardam nas suas secretárias, desde a simples bolacha aos recipientes onde se aquece a comida no micro-ondas entalado na prateleira, entre processos, as migalhas nas mesas, etc.
Há verdadeira comida nos tribunais nas secretárias de cada Oficial de Justiça que ali almoçam e trabalham, por não ter melhores condições para o fazer em sala própria adequada a refeitório ou por não ter, também, condições económicas que permitam ir almoçar fora todos os dias, uma vez que os vencimentos foram recortados e até congelados ao longo dos anos e a recuperação desse vencimento congelado parece perdido, não tendo sido incluído no Orçamento de Estado ontem votado para o próximo ano.
Em face desta precariedade de trabalho e de alimentação, os ratos são necessariamente atraídos para os despojos do almoço desenrascado no meio dos papéis.
Já aqui contamos várias histórias de ratos nos tribunais e abaixo pode ver algumas imagens ilustrativas que já aqui colocamos noutros artigos e que foram obtidas da comunicação social.
Hoje voltamos ao assunto porque nesta semana passada, um jornal veio dar notícia de mais uma infestação de ratos, desta vez não se tratavam de ratos judiciais, como de costume, mas de ratos de outra jurisdição: são ratos do administrativo e fiscal e infestaram o T.A.F. do Porto.
De acordo com o jornal, “o caso foi confirmado por João Gonçalves, secretário do tribunal, que adiantou que a situação ficará resolvida, no máximo, durante o dia de hoje [referindo-se ao dia em que falava com os jornalistas]”.
No entanto, o jornal ouviu um cidadão utente daquele tribunal que disse que “Na quinta-feira [da semana anterior], fui ao tribunal e, para além de tudo o que vi, entre dejetos e outras coisas, ainda passou à minha frente um rato que ia a fugir”, contou.
Ou seja, o problema parece que já se arrastava há algum tempo.
Refere o jornal que João Gonçalves começou por indicar que "ratos existem em todo o lado" e que a situação está já em fase de resolução. "Os ratos devem ter vindo de algum quintal próximo do tribunal. Esta foi uma situação pontual, resolvida de forma fácil e rápida", adiantou.
Confirmou ainda que foram encontrados vários dejetos de rato no interior de algumas gavetas da Secretaria, mas sem qualquer prejuízo. Indicou que, na terça-feira, foi contratada uma empresa de desinfestação. "Uma equipa que deverá chegar no máximo amanhã. Não chegou a haver pânico, só desconforto, principalmente por parte das senhoras, que se assustaram mais", concluiu.
O alegado pânico das senhoras, que se assustam mais, de acordo com aquele Secretário de Justiça citado, não só é uma infeliz manifestação sexista como também parece ignorar as nefastas consequências de um perigo eminente para a saúde de todos os que ali trabalham e viram conspurcados os seus locais de trabalho, correndo grande risco de contrair problemas graves de saúde, pelo que o pânico deveria ter estado no lado daqueles que detêm responsabilidades pelo edifício e pela segurança e salubridade das instalações e das pessoas.
Depois de “casa roubada, trancas à porta”, diz o povo na sua histórica sabedoria e aqui temos mais um exemplo de como depois da infestação se chama a equipa de desinfestação não se cuidando antes, de forma preventiva, pela conceção de espaços adequados para a alimentação dos Oficiais de Justiça, com todas as necessárias condições de limpeza e higiene.
Há instalações onde laboram muitas dezenas de Oficiais de Justiça sem deterem um espaço condigno e apropriado para realizar as suas refeições.
Já era tempo de que aqueles que podem e devem decidir pudessem ver como é que os demais almoçam ou tomam um simples café, em que condições isso se processa e se até não valeria a pena concessionar alguma área à exploração comercial, embora a custos controlados, a quem quisesse servir refeições ligeiras, prestar serviço de cafetaria, etc., de um modo profissional.
Raros são os tribunais em que os Oficiais de Justiça podem beneficiar de instalações e serviços adequados à sua vivência laboral diária e isso não sucede por falta de espaços mas por mera falta de iniciativa decisória, por acomodação e falta de inovação.
O congelamento da carreira não pode congelar também as ideias das pessoas.
O conteúdo deste artigo é de produção própria e contém formulações próprias que não correspondem a uma reprodução de qualquer outro artigo de qualquer órgão de comunicação social. No entanto, este artigo tem por base informação colhida na comunicação social que até pode estar aqui parcialmente reproduzida ou de alguma forma adaptada, tal como as imagens. Para aceder à fonte informativa que serviu de base ou mote a este artigo, siga a seguinte hiperligação: “Correio da Manhã”.
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