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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
Hoje é o primeiro dia depois dos três dias de greve dos Oficiais de Justiça. Neste primeiro dia seguinte ao período de luta dos Oficiais de Justiça pela sua própria classe, conclui-se que, embora haja uma perfeita união na consciencialização sobre os problemas da profissão e o desânimo seja geral, apesar desta união espiritual, na hora da demonstração pública e de força desse desencanto, nem todos assumem uma postura firme, aderindo à greve, talvez porque se limitaram a comodamente seguir instruções do sindicato que se opôs à greve.
Por outro lado, muitos outros houve que não seguiram os ditames do sindicato opositor e, por sua livre vontade, aderiram, com plena consciência e própria consciência, à greve que, afinal, foi de todos os Oficiais de Justiça e foi até daqueles que se mantiveram constrangidos pelas instruções contrárias.
Esta greve acabou por ser um momento de libertação dos Oficiais de Justiça, em que cada um se sentiu livre de aderir e de se organizar com outros e aparecer em concentrações aqui e acolá, depois de contactos informais surgidos espontaneamente no Facebook.
As redes sociais, especialmente o Facebook, são, hoje, plataformas incontornáveis de contactos livres e de livre expressão de cada um com resultados concretos, visíveis e palpáveis na realidade; fora do mundo paralelo virtual.
Muitos se espantaram pela novidade de não haver uma melhor organização com uma máquina sindical a tudo prever e pagar, esquecendo-se que o sindicato que convocou a greve não é o mesmo que possui a grande máquina instalada que tudo controla. Por isso, na falta dessa máquina, a que muitos estão habituados, os Oficiais de Justiça improvisaram iniciativas que partiram de si próprios e se tornaram um verdadeiro sucesso.
Especialmente a norte e mais especialmente na escadaria de acesso ao Palácio da Justiça do Porto, os Oficiais de Justiça estiveram sempre presentes manifestando a sua firme postura. No último dia, contaram com a presença do presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), Carlos Almeida, isto é, do sindicato que convocou a greve, ou seja, do sindicato que permitiu esta explosão de sentimentos que se aprisionava dentro dos Oficiais de Justiça que, desde a escadaria do Palácio da Justiça do Porto, cantaram o hino nacional e gritaram repetidamente: “Justiça!”; “Justiça!”.
Interpelado pelos jornalistas ali presentes, Carlos Almeida respondeu, a propósito da discordância do sindicato opositor o seguinte:
«Não interessa quem convoca a greve. Interessa se o interesse dos Oficiais de Justiça está a ser respeitado e se, efetivamente, estamos todos a trabalhar em prol do país. E os Oficiais de Justiça estão, seguramente. Quando diz que não houve concordância por parte dos dois sindicatos para esta greve; é um bocado indiferente aquilo que as direções dos sindicatos pensam, o mais importante e relevante é a resposta que a classe deu e a resposta está aqui demonstrada ao país.»
E de facto a resposta estava ali demonstrada ao país e a todos os Oficiais de Justiça que ultrapassaram os sindicatos e tomaram a sua própria defesa e o seu próprio direito de manifestar a sua indignação sem que ninguém lhes dissesse como, quando ou onde fazê-lo; simplesmente fizeram-no como quiseram, quando quiseram e onde quiseram, sem seguir nenhuma orientação de ninguém.
Esta espontaneidade e esta liberdade só pode ser aplaudida e em pé e por todos.
Enquanto o presidente do SOJ estava no Porto a acompanhar os Oficiais de Justiça na escadaria do Palácio da Justiça daquela cidade, o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), estava no Funchal no Congresso dos Magistrados do Ministério Público que neste fim-de-semana ali decorre e que, certamente, terá muito interesse para os Oficiais de Justiça.
Pode também ver o vídeo de onde foi tirada a imagem através da hiperligação aqui inclusa.
Entretanto, o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) afirmava que o Governo tem de dar "respostas ao país e à classe", não podendo "dizer que não viu" as "centenas de julgamentos adiados" pela greve do setor, que "ultrapassou os 70%".
"Não tenho dúvida absolutamente nenhuma de que o Governo vai olhar para o problema, porque a resposta está dada [com a adesão à greve]", “na quinta-feira, em Famalicão, foi adiado um processo complexo [insolvência] que envolve milhares de famílias. O Governo não pode dizer “não vimos isto”, afirmou Carlos Almeida, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), aos jornalistas na escadaria do Palácio da Justiça do Porto, acrescentando que "Iniciamos com uma adesão na casa dos 60%. Hoje, a adesão ultrapassou os 70% a nível nacional". À agência Lusa, Carlos Almeida, disse que na região norte se registou, na quarta-feira, uma adesão à greve entre os 70 e os 75%, ao passo que no sul os níveis andavam pelos 55 a 60%.
De facto, a sul e ilhas a adesão não foi tão expressiva e tão entusiasta como a norte onde se verificaram adesões a 100%. No último dia, no entanto, e copiando o que se via a norte, Lisboa concentrou-se, ainda que de forma tímida, em frente ao Ministério da Justiça.
Veja também o vídeo abaixo, do Porto Canal, sobre a concentração do Porto, no terceiro dia.
Fonte, Ministério da Justiça.Questione a veracidad...
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Não diria melhor.Greve, já.P. sPSP e GNR com subsí...
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Que se passa com a nossa classe?Está verdadeiramen...
Compreende-se perfeitamente!
Claro que a culpa é do SFJ! Já Freud defendia tal ...
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