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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
″O tempo já não é de compromisso, é de concretização″, assim avisavam os professores este sábado na manifestação nacional das várias estruturas sindicais que se concentraram em Lisboa.
Segundo Mário Nogueira, da Fenprof, estiveram presentes cerca de 50 mil professores.
"Passou meio ano desde o tempo em que se exigiam compromissos, agora é tempo, já não é de compromisso, é de concretização e de garantir prazos necessariamente curtos para recuperar o tempo de serviço, para a aposentação daqueles que já trabalham há décadas", disse, logo no início do protesto, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof; uma das dez estruturas sindicais que convocaram a manifestação nacional de professores.
Note bem: 10 estruturas sindicais e a afirmação de que já é tempo de concretizar.
O que reivindicam os professores? Praticamente o mesmo que os Oficiais de Justiça também gostariam de reivindicar mas que continuam a acreditar nas negociações, ainda que eternas, e nos compromissos que não se cumprem e apenas se manifesta o desagrado pela falta de compromisso que, ainda assim, continua a faltar.
A principal reivindicação dos professores é a da contagem do tempo de congelamento: “os nove anos, quatro meses e dois dias de congelamento", assim contam o período ausente ou congelado ou apagado que reivindicam seja contado e que é quase uma década.
Também os Oficiais de Justiça reivindicariam tais “nove anos, quatro meses e dois dias” e também o fariam na rua mas, estranhamente, tal não sucede, aliás, quando uma das estruturas sindicais propõe uma greve, a outra opõe-se, alega compromissos e agora queixa-se por ver que os compromissos, afinal, não são tal coisa. Já no caso dos professores não há duas estruturas sindicais mas dez e todas, apesar das suas diferenças e tendências, todas lá estavam no sábado a reivindicar o que é comum a todos os seus representados.
Curiosamente, estes professores que protestam, apoiados pela dezena de estruturas sindicais, estão em negociações com o Governo. Está já agendada uma reunião para o próximo dia 4 de junho, vejam só! E, mesmo assim, estando em negociações, todas aquela dezena de estruturas sindicais saíram à rua para manifestar a sua posição apoiados por milhares de trabalhadores daquela classe que, apesar das diferenças, se mostra compacta na defesa da sua profissão e da sua carreira.
Vejam: no palco que estava montado junto à rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, Mário Nogueira deixou uma mensagem ao Governo e ao ministro da Educação, a propósito da tal próxima reunião entre os sindicatos e o Governo, agendada para o dia 4 de junho e disse assim:
"Estaremos na reunião com o ministro. Não será para uma conversa redonda e inconsequente, que seria perda de tempo, exigimos garantias e prazos curtos para o cumprimento [dos compromissos]", disse o dirigente sindical.
Mário Nogueira refere as conversas redondas e inconsequentes nas reuniões negociais. Outros referem compromissos redondos mas igualmente inconsequentes.
João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação (FNE), outra das estruturas a convocar o protesto, exigia "respeito" pelos professores: "O que é de direito e de justiça respeita-se, e é isso que vimos aqui exigir", afirmou. Respeito, vejam só, o que estes trabalhadores pedem.
Na manifestação, alinharam ainda alguns partidos políticos que aproveitam a boa onda a surfar. BE, PCP e PSD estiveram com os professores e pediram ao Governo que cumpra os tais compromissos.
Durante a manifestação – que começou junto à rotunda do Marquês de Pombal e terminou no Rossio, em Lisboa –, Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, defendeu que os professores "têm razão" quando reivindicam a contagem integral do tempo de serviço, afirmando que os professores "não estão a inventar nada ou a exigir um direito novo", apelando a que "se faça justiça e cumpra a palavra dada".
"A responsabilidade é coletiva, é um Governo que tem primeiro-ministro e que tem ministros que coletivamente devem assumir aquilo com que se comprometeram", disse o líder comunista.
Antes, Catarina Martins, coordenadora do BE, já tinha considerado que "está na altura" de o Governo resolver os "muitos problemas da escola pública", defendendo que é preciso "respeito pelas carreiras", etc.
Até pelo PSD, a deputada Ana Sofia Bettencourt, lembrou que os social-democratas entendem que o tempo de serviço que foi congelado "devia ser contado na totalidade", sublinhando que para o PSD a reivindicação dos professores é justa. "O Governo assina papéis e tem de cumprir, não basta iludir", acrescentou a deputada.
Vejam só: é assim que se faz!
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Claro.....Em causa própria..
Excelente trabalho deste blogue! obrigado e força!
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