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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 11 ANOS de publicações DIÁRIAS especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
Demorou, é certo, mas lá acabou por acordar. Mas acordou verdadeiramente?
O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) acaba de anunciar que os alegados compromissos do Ministério da Justiça não o são e, vejam só, acaba de anunciar uma greve de três dias (29JUN-Sexta + 02JUL-Segunda e 03JUL-Terça).
Depois de propagandear por todo o país que a greve dos três dias do outro sindicato (SOJ) era inoportuna e ninguém deveria a ela aderir, eis que, embora tarde, vem agora dizer o mesmo que o SOJ disse e marcar os mesmos três dias de uma greve, também ela repartida por dois meses.
Diz o povo que “mais vale tarde do que nunca” mas às vezes o tarde é já tão tardio que já ninguém sabe se vale mesmo pena uma vez que o prejuízo causado parece irremediável.
Três dias de greve serão suficientes?
O SFJ não pode copiar o SOJ desta maneira, porque agora a situação é completamente diferente.
Vejamos: as negociações do estatuto são o que são, isto é, são nada; a atualização do suplemento a 10% do vencimento e com efeitos apenas a 2018, isto é, umas migalhas que se pediam, nada; as promoções prometidas para o movimento pendente, afinal já não existem… Para além de que o Governo já não quer saber nem de tabelas salariais, aposentação, avaliação, etc., prosseguindo apenas o seu objetivo enquanto faz de conta que negoceia.
Perante esta realidade que agora é confirmada – e que se confirma apenas porque antes nunca houve uma manifestação forte com uma postura firme e determinada –, três dias de greve são suficientes?
Se antes os três dias de greve tivessem tido a decência de ser acompanhados por todos, certamente que não estaríamos aqui, no entanto, o Governo sempre esteve sossegado por ter um sindicato, e logo maioritário, que não só não marcava greves como até se esforçava por desmotivar as greves dos outros. Ora, com um aliado destes, para quê preocupar-se em atender as reivindicações dos Oficiais de Justiça?
Estes três dias de greve são manifestamente insuficientes. Neste momento, o que se impõe são, no mínimo – no mínimo mesmo – pelo menos 5 dias.
É certo que o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) não irá fazer a mesma figura que antes fez o SFJ desmotivando a adesão a esta greve marcada pelo SFJ. É certo que o SOJ irá, ao contrário do que o SFJ antes fez, irá acompanhar esta greve do SFJ mas poderia ir mais longe marcando mais os dois ou três dias em falta que o SFJ não se atreveu a marcar.
No comunicado do SFJ, este Sindicato afirma que a greve é marcada perante a “desconsideração do Governo para com os Oficiais de Justiça” e, por isso, indica apenas os tais três dias.
Mas a desconsideração não é uma mera desconsideração mas uma mega desconsideração. Note-se que tudo aquilo que havia sido anunciado como compromissos firmes que sustentavam a não realização da passada greve dos três dias, vem-se agora a confirmar – pelo SFJ, porque já quase toda a gente sabia – que os tais compromissos não o eram de facto, como o não são de facto, e não eram, afinal, nada de valor.
Vem agora o SFJ dizer na sua informação que tem o “compromisso” de “defender intransigentemente os interesses da classe, de forma séria e sem demagogias”.
E perguntam os Oficiais de Justiça assim:
Intransigentemente os interesses da classe? Quando? Quando correram o país a desmotivar a realização da greve dos três dias do SOJ? De forma séria e sem demagogias? Quando? Quando apresentaram aos Oficiais de Justiça como válida a demagogia avançada pelo Ministério da Justiça, com os seus compromissos vazios?
Recorde-se que não há nada, nem a porcaria de um par de euros de acerto no suplemento cuja relação de equivaler a 10% também foi congelado e não se descongela. Não, não se trata da integração do suplemento no vencimento, isso ainda é outra história mas muito mais velha, trata-se apenas de descongelar essa parte do vencimento que não foi descongelada.
Recorde-se que o movimento anual que é realizado neste mês de junho não contemplará as promoções, promoções previstas na Lei do Orçamento de Estado para 2018 e também prometidas.
Mas não é tudo, note-se ainda que das sucessivas reuniões de negociação do Estatuto apenas resultou a bandeira do grau 3, bandeira que seria moeda de troca para algo pior. Sucessivamente veio o SFJ anunciando como uma vitória o grau 3 e nada mais; reunião após reunião, alega que há questões que ficam para ver na reunião seguinte e assim sucessivamente se avança no vazio.
Note-se que o Ministério da Justiça já entregou a sua tabela salarial ao Ministério das Finanças sem sequer querer saber nem precisar conhecer das tabelas propostas pelos sindicatos.
Por tudo isto, e muito mais, deve o SFJ repensar os seus curtos três dias de greve, ampliando-os necessariamente, porque o momento exige uma postura muito mais firme; porque o momento exige um despertar verdadeiro e completo, sem qualquer sonolência.
Os Oficiais de Justiça repudiarão esta greve por ser tão frágil e reivindicarão mais do que estes três dias, porque sabem que há que ter uma postura muito mais forte porque já caíram tanto e tão mal que não é com uma luta tão curta que se conseguirá inverter esta indigna situação.
Se quiser, pode ver a informação sindical do SFJ acedendo-lhe através da seguinte hiperligação: “Info-SFJ-01JUN2018”.
Relativamente ao dinheiro recebido há alguma discr...
A patinagem dos 4 anos ainda está para se saber qu...
Nem gestão de atividades nem inspetores a apurar q...
É o desnorte completo da DGAJ, mais uma vez.Sr. bl...
Enquanto uns esperam por aquilo que lhes é devido,...
Parece-me que "isto" está a ultrapassar o razoável...
Lá para aqueles lado, não há gestão de atividades....
Se fosse um oficial de justiça que tivesse atrasos...
Para quando uma ação dos sindicatos para executar ...
Muito simples.Quem ganhar as eleições deve formar ...
Fica-lhe bem considerar-se incluído.
Não sei porque não o li. Era sobre o A.Vent. do Ch...
o senhor está mesmo desmesuradamente sensível e os...
Muito triste, sim, mas não é só um que assim se ex...
O comentário em questão injuriava duas pessoas con...
Dizer que um colega se expressa como um porco é si...
A realidade é muito simples, deixe-se de lamúrias ...
Peço desculpa mas não cheguei a visualizar o comen...
"...preferindo expressar-se como porcos...". A sua...
Não teve direito a lápis azul, porque o lápis azul...
Não assuste os Cheganos que eles ainda têm esperan...
Sindicatos, DGAj e companhia,Onde está o dinheiro ...
e não é que o comentário das "09:01" teve direito ...
Mas na dita classe normal contentava-se com os 10%...
Se os juizes começam a achar que estão a ficar mal...