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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 11 ANOS de publicações DIÁRIAS especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
Depois do nosso artigo aqui publicado na passada sexta-feira (17MAI) com o título: “Mais uma Derrocada”, divulgou ontem o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) uma comunicação sobre o mesmo assunto intitulada: “Desjudicialização, Privatização e Irresponsabilidade”.
A nossa reação publicada no dia 17 de maio já saiu com atraso porque estava pendente desde o dia da comunicação do Conselho de Ministros do dia 09MAI mas, como houve outros assuntos que foram ocupando o protagonismo do artigo diário, este só encontrou espaço nesse dia. Este mesmo problema não sucede com o SFJ que não está limitado a um artigo por dia e passa muitos dias sem qualquer manifestação, pelo que a sua comunicação de 21MAI, em relação ao Conselho de Ministros de 09MAI está muito mais atrasada.
Os Oficiais de Justiça esperam dos seus sindicatos uma atuação mais célere, com reações mais em cima do acontecimento. Mas se o SFJ só agora se pronunciou, talvez depois de ter lido aqui o artigo da passada semana, o SOJ nada disse ainda.
Esta iniciativa informativa tem como objetivo divulgar informação e teria muito gosto em divulgar as reações dos sindicatos aos prejuízos infligidos pelo Governo à carreira de Oficial de Justiça, sem ter que andar a dar as notícias e a reagir em primeira linha, fazendo o trabalho que aos sindicatos deveria competir fazer. Mas parece que é o que há e se temos que ser bois a puxar a carroça, então, de cornos apontados para a frente, puxaremos a perra carroça de rodas rangentes.
Vejamos então a reação do SFJ à questão da desjudicialização (privatização) da ação executiva que aqui consideramos constituir mais uma derrocada nas funções da carreira de Oficial de Justiça. Diz assim o SFJ:
«Este Governo, na peugada do que outros anteriormente fizeram, continua a senda da privatização do sistema de justiça, nomeadamente da ação executiva, tornando o acesso à Justiça mais caro para o cidadão e “esbanjando” recursos no financiamento de uma atividade privada.
O exemplo mais paradigmático são as ações executivas, em que foi atribuído apoio judiciário ao cidadão.
Estas execuções são da competência do Oficial de Justiça e, atendendo ao que tem sido veiculado, o Governo pretende entregar as mesmas aos solicitadores de execução. Tal não será mais do que acelerar rumo à Privatização do sistema de Justiça.
Todos os custos e despesas com estas execuções sairão do OE, e serão entregues a privados.
Ou seja, o que até agora não tinha qualquer custo para o cidadão e para o erário público, passará a ser financiado pelo Estado / IGFEJ.
No entanto, nós Oficiais de Justiça, agentes internos do sistema de justiça, somos sempre confrontados pela tutela de que “não há dinheiro”.
Se faltam ferramentas ao sistema de justiça (público), deve o Governo providenciar as mesmas. Não pode e não deve privatizar um pilar basilar do Estado de Direito!
É lícito, portanto, que sejamos esclarecidos, acerca da motivação desta eventual medida.
Qual a justificação? Que motivação lhe está inerente?
Existem processos executivos da competência do Oficial de Justiça com atrasos? Quantos? Em que Tribunais? Qual a razão?
Qual o impacto financeiro que esta medida teria/terá nas finanças públicas?
Avaliou-se convenientemente esta deriva de privatização?
Mais: privatizando-se o que anteriormente era da competência dos Tribunais, estaremos apenas a maquilhar, mais uma vez, as estatísticas.
Mas pior que esta intenção de índole cosmética, será o agravamento das custas e taxas de justiça para o cidadão e o esbanjamento das finanças públicas.
Reafirmamos: ao proceder ao pagamento/adiantamento de todos os encargos com remunerações e despesas dos senhores solicitadores de execução, por via do apoio judiciário, estará a “financiar” uma atividade privada.
Outra situação caricata que decorre da desjudicialiazação do processo executivo, e que apenas atesta a irresponsabilidade de uma medida semelhante em termos gestionários e de eficiência surge nos casos em que o arguido não procede ao pagamento da multa (penal) e das respetivas custas. Instauram-se duas execuções? Uma relativamente à multa penal que continua a correr nos Tribunais e outra relativamente às custas que será tramitada nas Finanças? Se a execução nas Finanças for mais célere, o montante cobrado será revertido para as custas e não para a multa conforme preceitua o art.º 511.º do CPP?
Para além disso, salta à vista outra grande desigualdade.
Como é possível que este Governo crie incentivos e dê prémios às Finanças e à Segurança Social na cobrança de dívidas / execuções e que aos Oficiais de Justiça os obrigue (por via de deveres especiais constante do EFJ) a trabalhar até de madrugada sem direito a qualquer compensação. Neoesclavagismo?! Uns são Filhos e outros Bastardos?!?!»
Na segunda parte da mesma informação, o SFJ aborda o “Lifting” e o “MakeUp” que se vem fazendo nos tribunais. Sobre esta maquilhagem e disfarce das rugas, diz assim o SFJ:
«Por um lado, este Governo propagandeia que está a investir num Serviço Público de qualidade, quando na realidade, no que concerne ao sistema Justiça, apenas se encontra a realizar “liftings” para melhorar a sua imagem, como é o caso do Balcão +.
Esta medida, sendo de louvar em tribunais de grande dimensão, torna-se uma aberração em Tribunais e Serviços do Ministério Público mais pequenos, esbanjando-se, acriticamente, nesta medida centenas de milhares de euros, quando na realidade estas verbas poderiam ser investidas no ingresso de mais Oficiais de Justiça (encontram-se mais de mil lugares por preencher).
Existem dezenas de Edifícios do parque judiciário bastante degradados e com falta de condições para os cidadãos utentes do sistema de justiça e para os Magistrados e Oficiais de Justiça que ali desempenham funções todos os dias (basta ver alguns dos tribunais com Amianto – ver aqui reportagem da SIC).
Estes exemplos comprovam que o Governo apenas se preocupa com a imagem, numa espécie de “Edifício com as paredes pintadas de fresco mas as fundações e os alicerces completamente podres”.
Teremos de continuar a luta, unidos, de forma firme e inteligente! O SFJ tem, e continuará a ter, uma estratégia bem definida e assente na participação e colaboração dos milhares de Oficiais de Justiça.»
Entretanto, continua a decorrer a vigília do SFJ junto do Ministério das Finanças com o especial propósito da integração do suplemento no vencimento.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) já entregou o aviso prévio de greve mas ainda não o divulga publicamente porque acha que deve dar algum espaço à iniciativa do SFJ, aguardando alguns dias até anunciar a sua greve.
Ontem, o SOJ dizia assim:
«O Aviso prévio de Greve foi entregue, pelo SOJ, segunda-feira, após a publicação do Diploma mencionado no artigo publicado pelo Jornal "O Público". Oportunamente, pois está a decorrer uma iniciativa de outro sindicato e não há necessidade de, publicamente, sobrepor agendas – há que aguardar 2 ou 3 dias, para que essa iniciativa ganhe espaço – o SOJ vai apresentar, publicamente, o Aviso Prévio de Greve.»
Assim, o SOJ está a dar espaço à iniciativa da vigília do SFJ, prometendo para esta semana a divulgação da sua greve e conclui a sua informação da seguinte forma:
«É importante que, nessa greve, todos adiram e todos percebam, todos sem exceção, que os tribunais não funcionam sem os Oficiais de Justiça.»
Os Oficiais de Justiça ficam a aguardar, com impaciência, a greve de iniciativa do SOJ que, muito bem, não pretende sobrepor-se à iniciativa do SFJ, dando-lhe espaço, como diz, permitindo alguma visibilidade, a possível, como está a ter, com não muita mas alguma repercussão na comunicação social, para anunciar depois, sem pressa, a próxima greve dos Oficiais de Justiça.
Esta comunicação do SOJ está disponível na sua página do Facebook acessível diretamente pela seguinte hiperligação: “Info-SOJ”.
É o desnorte completo da DGAJ, mais uma vez.Sr. bl...
Enquanto uns esperam por aquilo que lhes é devido,...
Parece-me que "isto" está a ultrapassar o razoável...
Lá para aqueles lado, não há gestão de atividades....
Se fosse um oficial de justiça que tivesse atrasos...
Para quando uma ação dos sindicatos para executar ...
Muito simples.Quem ganhar as eleições deve formar ...
Fica-lhe bem considerar-se incluído.
Não sei porque não o li. Era sobre o A.Vent. do Ch...
o senhor está mesmo desmesuradamente sensível e os...
Muito triste, sim, mas não é só um que assim se ex...
O comentário em questão injuriava duas pessoas con...
Dizer que um colega se expressa como um porco é si...
A realidade é muito simples, deixe-se de lamúrias ...
Peço desculpa mas não cheguei a visualizar o comen...
"...preferindo expressar-se como porcos...". A sua...
Não teve direito a lápis azul, porque o lápis azul...
Não assuste os Cheganos que eles ainda têm esperan...
Sindicatos, DGAj e companhia,Onde está o dinheiro ...
e não é que o comentário das "09:01" teve direito ...
Mas na dita classe normal contentava-se com os 10%...
Se os juizes começam a achar que estão a ficar mal...
Nem sempre! Existe uma fragância da Calvin Klein q...
A paranoia caracteriza-se também por o indivíduo d...
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