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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 11 ANOS de publicações DIÁRIAS especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
A propósito do falecimento de Ruben de Carvalho (histórico membro do PCP) e do inédito e controverso discurso de João Miguel Tavares no Dez de Junho, a advogada Rita Garcia Pereira escreveu um artigo de opinião, publicado na passada sexta-feira 14JUN no Jornal Económico, que aborda o assunto mas especialmente faz uma síntese geral daquilo que denomina como “Tempos Modernos”, expressão esta que dá título ao artigo.
Por considerarmos pertinente a análise crítica constante no artigo que, ao fim e ao cabo, se pode resumir à questão que dá título ao nosso artigo de hoje, a seguir o vamos reproduzir.
«(Ruben de Carvalho, do qual muitas vezes discordei, deixou-nos mais sós, um dia depois de um discurso demolidor de João Miguel Tavares. Por mais críticas que se possam fazer, quanto a mim, este Tavares – e não outro, igualmente comentador… – disse quase tudo e o que este disse o primeiro praticou. Não gostando de elogios póstumos, resta-me a crença de que “mesmo na noite mais triste (…) há sempre alguém que resiste”. Ele resistiu por aquilo em que acreditou e isso, nestes tempos modernos, é raro.)
Os tempos não são fáceis. Vivemos inundados de informação mas perdemos a capacidade de refletir, habituando-nos ao conforto do facilitismo, do imediato, do efémero. Numa busca incessante de algo que preencha um certo vazio, vamos pondo os princípios de lado, esquecidos que estamos que os fins não justificam todos os meios.
Fazemos justiça popular ao jantar, entretidos a brincar aos juízes com as notícias que nos dão a servir e crentes que nunca veremos a nossa vida exposta numa tela qualquer. Não questionamos quase nada e aceitamos o inaceitável porque não desconhecemos que esse é o caminho mais fácil.
Vivemos numa paz algo exótica, apenas sobressaltada por um certo ativismo de sofá que apenas se exerce por discursos inflamados sem qualquer sequência. Somos solidários virtualmente e completamente egoístas na vida real. Pomos “likes” e fotos com grandes sorrisos em publicações de redes sociais e, no entanto, muitas vezes estamos completamente sós no meio de uma multidão que se acotovela.
Nestes tempos, o que passou a importar é o que se revela e cada vez menos o que se releva. E o preço a pagar é, também, os políticos que conseguimos ter. Concordo, portanto, com o discurso de João Miguel Tavares. Mas o que não disse é que os políticos não são uma classe à parte, antes constituindo uma amostra do que nós somos, eventualmente mais exuberante porque mais exposta. Pode ser duro aceitar este facto, é certo, mas, de cada vez que procuramos enganar o sistema, a única diferença entre nós e eles é a escala.
Quando ignoramos o próximo e nos fixamos única e exclusivamente nos nossos objetivos individuais não somos diferentes daqueles senhores que, embora pagos por nós, discutem, quando fazem o real favor de sequer comparecer, o sexo dos anjos lá nos corredores de São Bento, com total displicência para com os que os elegeram.
Sempre que fingimos não ser nada connosco e assistidos, impávidos e preferencialmente transparentes, às maiores atrocidades somos iguais aos que se sentam nas várias comissões de inquérito e afirmam de nada se recordarem.
A pergunta não é, portanto, se João Miguel Tavares tem razão. Ao invés, é o que cada um de nós fez para alterar o rumo (até agora…) traçado.»
Fonte: “Jornal Económico”.
Na imagem abaixo está uma síntese de todas as greves marcadas (até este momento), para todos os Oficiais de Justiça, entre junho e outubro de 2019. Para além da greve diária por minutos e horas, os cinco dias de greve não consecutivos de junho e julho são para todo o dia e para todo o país, estando ainda, paralelamente, programadas concentrações de Oficiais de Justiça nas cidades indicadas para cada um dos dias, no entanto, isto não circunscreve a greve (que é nacional) a essas cidades ou comarcas.
Muito simples.Quem ganhar as eleições deve formar ...
Fica-lhe bem considerar-se incluído.
Não sei porque não o li. Era sobre o A.Vent. do Ch...
o senhor está mesmo desmesuradamente sensível e os...
Muito triste, sim, mas não é só um que assim se ex...
O comentário em questão injuriava duas pessoas con...
Dizer que um colega se expressa como um porco é si...
A realidade é muito simples, deixe-se de lamúrias ...
Peço desculpa mas não cheguei a visualizar o comen...
"...preferindo expressar-se como porcos...". A sua...
Não teve direito a lápis azul, porque o lápis azul...
Não assuste os Cheganos que eles ainda têm esperan...
Sindicatos, DGAj e companhia,Onde está o dinheiro ...
e não é que o comentário das "09:01" teve direito ...
Mas na dita classe normal contentava-se com os 10%...
Se os juizes começam a achar que estão a ficar mal...
Nem sempre! Existe uma fragância da Calvin Klein q...
A paranoia caracteriza-se também por o indivíduo d...
Se isso for verdade, tenho apenas uma palavra:GANA...
" Portanto, no mundo da justiça, temos agora na AS...
Tem a greve da parte da tarde, ainda quer mais gre...
O que significa para si o colapso?
Ora ai está!Tudo sempre para os mesmos.perderam a ...
Verdade
Verdadinhatriste realidade mesmo