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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 13 ANOS de publicações DIÁRIAS especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
No último Boletim Informativo da DGAJ, o 5º de 2025, relativo aos meses de setembro e outubro, que foi divulgado esta semana, traz-nos, entre vários assuntos, um separador denominado “Um dilema ético”, no qual aborda o assunto de um “elogio não merecido”.
A efabulação passa por considerar a hipótese de uma reunião de um Oficial de Justiça, que chefia uma secção, com representantes da Administração local e central, onde o dito Oficial de Justiça recebe um elogio pelo trabalho efetuado, que foi muito rápido, “recordista”, na “recuperação de pendências”; ficção, portanto.
De seguida, apresentam-se três hipóteses possíveis de reação do tal Oficial de Justiça, perante o elogio, apreciando-se de seguida a personalidade do indivíduo de acordo com cada resposta, classificando-o automaticamente de acordo com a atitude, sem considerar mais nada, isto é, sem se considerarem outros fatores, e são tantos, que podem influenciar, e influenciam, nos dias que correm, a atitude de cada Oficial de Justiça.
Consta assim (página 9):
«Imagine que chefia uma unidade orgânica que, em tempo recorde, efetuou um trabalho de recuperação de pendências. Na realidade, a proeza deveu-se principalmente ao esforço dos seus colegas subordinados…
É chamado para uma reunião onde, na presença de representantes da tutela, recebe em público e a título individual, um grande elogio pelo trabalho efetuado.
Como reagiria nesta situação?
Opção 1: Corrige, “Obrigado, mas o mérito é da equipa, especialmente da Maria e do João.”
Opção 2: Aceita o elogio em silêncio e não partilha o sucedido com a sua equipa, pensando “Também trabalhei, este elogio não é totalmente injusto.”
Opção 3: Aceita o elogio em silêncio, pensando “Não vale a pena levantar ondas, mais tarde agradeço à equipa em privado.”»
De seguida consta a interpretação da atitude e dos pensamentos do tal Oficial de Justiça e diz-se assim:
«Quem tende a escolher a Opção 1, são pessoas com alto sentido de justiça e integridade. Líderes naturais que valorizam a confiança e a reputação a longo prazo. Têm um perfil colaborativo e entendem que creditar nos outros fortalece as relações profissionais.
A Opção 2 é a escolha de pessoas pragmáticas, que valorizam o reconhecimento e veem o trabalho como um esforço coletivo, mesmo que desequilibrado. Às vezes, profissionais inseguros que têm medo de perder visibilidade.
Já a Opção 3 é escolhida por pessoas diplomáticas, que equilibram consciência ética com pragmatismo. São mediadores, evitam atritos, mas não ignoram o impacto moral. Muitas vezes, são pessoas experientes que já viveram situações semelhantes e preferem agir nos bastidores.»
Para concluir, questiona-se: “E afinal… há uma escolha certa?” e responde-se:
«Nenhuma opção está totalmente certa ou errada, porque nem sempre o que parece mais ético pode ser o mais adequado ao momento e ao contexto.
A primeira opção, implica corrigir publicamente quem proferiu o elogio, podendo causar desconforto nos presentes, embora possa gerar confiança e respeito junto da equipa e promover uma cultura de mérito partilhado.
A segunda opção, ao aceitar em silêncio o elogio (não merecido) por uma questão de pragmatismo ou de proteção pessoal, pode criar ressentimentos, reforçando injustiças e desmotivar colegas.
A terceira opção, pode não ser suficiente por não existir reconhecimento público, podendo os colegas sentir-se injustiçados.
A reflexão que este dilema provoca é mais importante do que a resposta em si…»
Se a resposta em si não é tão importante quanto o é a reflexão, como se diz, consideramos, no entanto, mais importante ponderar se existe algum ponto possível de contacto com a realidade, não só pela impossibilidade do dito recorde de recuperação de pendências, mas também pela interpretação direta dos pensamentos do Oficial de Justiça que tanto trabalhou para poder ter estatísticas recordistas e receber o pagamento da palmadinha nas costas, um cofiar de pelo, para, tal canídeo, ficar a abanar a cauda.
Há certas visões fantasiosas da profissão que são, não apenas ridículas, mas perigosas.

Fonte: “Boletim Informativo #5/2025” (acessível na INTRAnet).
.................................................. INICIATIVAS COMPLEMENTARES:
Esse sujeitinho teve afinal aquilo que merecia emb...
Como oj sou sindicalizado fora sfj e soj.Apenas...
Nunca mas nunca votarei no c.o.j. são uns paus man...
Por estas e outrasPassei e serei e votarei CHEGAMU...
Certeiro. Mas é preciso gastar o dinheiro do prr....
Até morrerNunca desistirei do roubo.
Para ti e outros que tais mtrto CHEGA na mesa de ...
como se o chega resolvesse o problemaalguns gostar...
Muito bem.
Ainda gostava de saber para que é necessário um Ba...
Ojs há muitos e bem de vida
30 anos desta merda
Há mais.Contra o roubo sempre!
Isso é muito pouco inteligente.O que devemos fazer...
Se ninguém fosse votar ou votassem em branco nas e...
6 oficiais de justiça na grande manifestação de ho...
Chega mesmo!Trafulhas por trafulhas.Chega!
Enquanto houver "portas giratórias" para os nossos...
Depende sempre da perspectiva, obviamente. Para já...
Continuarei de baixa até que me reponham um escal...
30 anos de mentiras. Por isso passei a votar CHEGA...
A ser verdade está informação, e a confirmar-me qu...
Só coveiros. Quem puder fuja.
A baixa médica só acaba quando integrado no COJ...
As direções do SFJ não podem ser pela sucessão da ...