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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
De repente, ficou toda a gente espantada com o furto de material bélico de um paiol de um quartel militar que estava protegido com um sistema de videovigilância mas que desde há cerca de 2 anos deixou de funcionar.
De repente, todos perceberam que a segurança era mínima, composta por uma simples rede.
De repente, mandaram-se averiguar todos os demais quartéis e exoneraram-se cinco elementos de chefias militares.
Tudo isto sucedeu de repente, porque nunca antes tinha sucedido e, num país de brandos costumes e onde não costuma passar-se nada, as coisas vão avariando e não se reparam e nem sequer se dá pela sua falta pois nada sucede.
Nada sucede até um dia e, quando esse dia chega, tentam-se apurar responsabilidades.
Tal como nos quartéis militares, nos tribunais e nos serviços do Ministério Público deste país, raros são os sistemas de segurança que estão a funcionar. A maioria dos locais não dispõe de videovigilância, nem sequer de um sistema de deteção de intrusos nem também de deteção de incêndios. E aqueles locais onde já existiram tais equipamentos, desde que avariaram, alguns há muitos anos, tantos que já nem há memória, continuam avariados e já ninguém se importa.
Nada sucede e tais sistemas de segurança não fazem falta nenhuma até ao dia em que algo sucede e se constata que tais sistemas de segurança, afinal, faziam falta.
Os Oficiais de Justiça que têm alguma responsabilidade de gestão ou de controlo ao nível local, devem, imediatamente, comunicar hierarquicamente todos os problemas de segurança que conhecem no seu local de trabalho. Não devem continuar a ignorar os problemas. Ainda que já tenham falado sobre o assunto, as palavras leva-as o vento, por isso devem comunicar hierarquicamente os problemas que tenham mas devem fazê-lo por escrito, para que fique prova dessa comunicação. A partir desse momento, passam a bola e, portanto, a responsabilidade sobre algum acontecimento futuro. Passado algum tempo, por exemplo, meio ano, sem que nada suceda, devem voltar a comunicar, novamente por escrito, o estado de segurança dos seus edifícios e assim de forma constante e indefinida, mesmo durante anos, deste modo se libertando inteiramente da responsabilidade de algum acontecimento que venha a suceder e mesmo que a hierarquia lhes diga que já chega, que não vale a pena continuar a comunicar o problema, só devem parar as comunicações se isso constituir uma ordem também escrita.
Os tribunais e os serviços do Ministério Público deste país detêm muitas carências ao nível da segurança, sendo mesmo espantoso como é que nada acontece em tantos edifícios, pelo que, quando suceder algo, o que parece inevitável, serão responsáveis e responsabilizados aqueles que, conhecendo e tendo a obrigação de informar, nunca o fizeram.
Embora não esteja na disponibilidade dos Oficiais de Justiça resolver estas questões de segurança, devem participá-las e renovar a comunicação de forma a salvaguardar-se.
A segurança nos tribunais chega a ser nula, não só pela falta de sistemas de deteção e vigilância mas também de janelas e portas seguras que não abram com um simples empurrão.
É necessário verificar todas as fragilidades e resolvê-las ou, não estando na disponibilidade dos Oficiais de Justiça tal resolução imediata, comunicar, sempre por escrito, as suas necessidades e com nota de urgência.
Que este exemplo de Tancos sirva de aprendizagem, tal como todos os erros devem servir, especialmente quando são tão grandes como esse.
Que ninguém fique parado a assistir, como se nada fosse consigo, e, como hoje é domingo, amanhã mesmo, segunda-feira, comuniquem imediatamente os problemas que conhecem a nível local, porque se depois de amanhã suceder algo e não o tiverem feito, a responsabilidade será vossa.
Independentemente destas comunicações, uma vez que nada se resolverá no imediato, aconselha-se que todos os Oficiais de Justiça não deixem objetos pessoais nos tribunais, a não ser que sejam de reduzido valor e não se importem que sejam furtados ou perdidos num incêndio, tal como devem fazer cópias de segurança frequentes daquilo que possam ter nos seus computadores, uma vez que esses também podem ser furtados ou destruídos num incêndio.
Neste momento, os tribunais não são locais seguros, salvo raríssimas exceções, pelo que os Oficiais de Justiça devem ter isso bem presente e acautelar-se convenientemente.
"grupo"
Sim. São elementos de grupu de risco, devido a doe...
Os Oficiais de Justiça nos Açores já foram ou estã...
Quanto as vacinas entritesce-me muito profundament...
No grupo do WhatsApp já se fala em três casos de v...
Tem toda a razão, é por isso que os magistrados nã...
Seria importante o SOJ informar como decorreu a re...
Eu recuso a vacina enquanto os grupos de risco não...
https://tvi24.iol.pt/pesquisa/Manifesta%C3%A7%C3%A...
Nada tem a ver com o artigo (que mais uma vez abor...
https://www.noticiasaominuto.com/economia/1734196/...
Muito bem pensado, outra das muitas e boas válidas...
Garantidamente que não haverá serviços minimos.Bas...
Se for decretada greve das 16 às 17 haverá serviço...
E sem serviços mínimos.Encerramos os serviços às ...
Apoiado.
A greve decretada pelo SFJ em 1999, ao trabalho ex...
in D. N. "Rio: "A reforma da justiça é essencial, ...
Estamos condenados....não há qualquer hipótese de ...
Eis os efeitos da greve
Muito bem.Acrescento a ideia de os plenários se re...
Boa tarde a todos os colegas e, em especial, para ...
Exatamente. Desde que estou nos tribunais que esta...
Claro que a questão sempre se colocou, ou foi só a...
Nem mais.