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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 13 ANOS de publicações DIÁRIAS especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
As vicissitudes da transição do SITAF para o CITIUS não se resumem a meros problemas de índole informático, pois há gente por trás de tais contrariedades; gente que, de repente, após imensos anos a trabalhar num sistema, tem de enfrentar todo um mundo novo de uma “nova” plataforma onde tudo é diferente.
Os Oficiais de Justiça desta transição estão a penar mais do que os Oficiais de Justiça das transições anteriores, seja a de 2009, aquando da instalação das comarcas piloto, ou aquando da transição para o novo mapa judiciário em 2014.
Nessas alturas, também houve imensos problemas informáticos, sendo especialmente vistoso o apagão de meses em 2014, mas, nessa altura, a plataforma de trabalho não sofreu mudanças tão consideráveis quanto as que se operaram agora para todos os Oficiais de Justiça dos Tribunais Administrativos e Fiscais (TAF).
Atualmente, para os Oficiais de Justiça dos TAF, os problemas informáticos da transição para o CITIUS até são o menor dos seus problemas, porque a maior dor de cabeça é mesmo ter de trabalhar numa plataforma com uma dimensão tão grande como é o CITIUS e que lhes era desconhecida.
Claro que os Oficiais de Justiça lá acabarão por se desenrascar, como sempre o fizeram e lá acabarão por aprender a trabalhar no CITIUS, passo a passo, tentativa após tentativa, erro após erro.
Perante esta dimensão pessoal de cada Oficial de Justiça dos TAF, vimos a última nota informativa do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) preocupar-se com os problemas informáticos da transição.
Lia-se o seguinte na nota do SFJ:
«O SFJ diligenciou pelo envio de um ofício ao IGFEJ visando esclarecimentos sobre as graves anomalias verificadas na migração do SITAF para o CITIUS, que têm colocado em causa o funcionamento dos TAF e, consequentemente, o trabalho realizado pelos Oficiais de Justiça e demais Funcionários de Justiça e os problemas e a lentidão generalizada que afetam de forma recorrente o CITIUS na jurisdição comum.»
No entanto, em simultâneo, e muito bem, o SFJ também interpelou a DGAJ quanto à problemática da formação dos Oficiais de Justiça para lidarem com a “nova plataforma”.
Lia-se o seguinte na nota do SFJ:
«A DGAJ informou este sindicato de que será adotada uma nova estratégia formativa nos TAF quanto ao CITIUS: nos próximos dias, todos os tribunais terão um formador presencial para apoio direto aos colegas e, durante o mês de novembro, serão implementadas soluções inovadoras de formação “on job”.»
Ou seja, atente-se bem nisto: o desligamento do SITAF teve início no final do dia do passado dia 17 de outubro, mas as “soluções inovadoras de formação on job”, vão começar agora em novembro.
A dita formação “on job” significa que a formação é ministrada em contexto de trabalho, isto é, os Oficiais de Justiça vão trabalhando e o formador presencial está ali para ajudar nesse trabalho.
Que ninguém pare de trabalhar para aprender, pois tem de aprender sem perder tempo com isso, trabalhando sempre.
É esta a dita “solução inovadora” “on job”: não parar de trabalhar para aprender.
Conclui a nota informativa do SFJ afirmando que este Sindicato está atento aos problemas: “Estamos atentos, e assim continuaremos, tendo em vista a resolução dos problemas”, no entanto, essa resolução de problemas, até ao momento, não constituiu nenhuma reivindicação, designadamente, formativa, mas apenas o envio de dois ofícios, dois e-mails: um para o IGFEJ e outro para a DGAJ.
Lê-se assim na nota sindical:
«O SFJ diligenciou pelo envio de um ofício ao IGFEJ visando esclarecimentos.» e «enviou um pedido de esclarecimentos à DGAJ».
De acordo com a nota, estes ofícios pedindo esclarecimentos, ocorreram após a transição e após a perceção dos problemas, desde logo amplificados na comunicação social por outros sindicatos de outras classes profissionais.
É necessário aprender com os erros e se os erros do passado já foram esquecidos, então, pelo menos, que se aprenda com os erros do presente, porque, afinal, os erros de agora são idênticos aos erros do passado.
A falta de audição dos Oficiais de Justiça nas transições ou nas mais diversas ações que a Administração leva a cabo, refletem-se sempre negativamente nessas mesmas ações e transições. E que todos tomem boa nota: não basta ouvir os Oficiais de Justiça para que estes apenas se lamentem dos problemas informáticos, porque, afinal, isso já fazem todos os dias, é necessário ouvi-los nesses lamentos, mas também ouvi-los nas suas propostas de soluções.
Sim, os Oficiais de Justiça podem contribuir positivamente para a melhoria das plataformas no seu funcionamento e sua interação com os humanos, mas, para isso, é imprescindível que haja do outro lado alguém que ouça, ajuste e implemente as melhorias e esta audição só pode ser diária, também “on job”, de cada vez que surge um problema e não numa recolha de opiniões a cada x anos, num e-mail geral para marcar presença.
É necessário que se reivindique um canal direto para quem ouça as sugestões de melhoria das plataformas e ao minuto; isto é que é uma “solução inovadora”, também “on job”, que os sindicatos têm de reivindicar, para que cada Oficial de Justiça possa comunicar imediatamente o problema com que se deparou e a solução que, para o mesmo, propõe.
No que diz respeito à trapalhada instalada da situação atual é a mesma coisa: ouvir os Oficiais de Justiça e as suas propostas de solução e, como isso não foi feito antes, que seja agora, à pressa claro, mas que seja.
Quando está de azul confunde-se com o céu.

Fontes: “SFJ-Info Sítio”, “SFJ-Info Página Facebook” e artigos DD-OJ de "20OUT2025" e de "31OUT2025".
Quando iniciei funções, no século passado, diziam que ser Oficial de Justiça é ter uma carreira “de prestígio”. E é/era verdade
Mas o prestigio é tanto que o nosso patrão/Estado se recusa a tocá-lo. Não admitem funcionários, não pagam o que devem, não investem em formação, não modernizam os equipamentos, não conservam edifícios, enfim….
Agora com a transição do sistema informático, esqueceram-se de avisar os oficiais de justiça sobre como é que aquilo funciona. Formação? Para quê. O importante é ter fé: fé que o programa não trave, que o servidor não caia e que o processo não desapareça para o éter digital.
E telefonistas? Nem pensar. Os oficiais de justiça modernos são multifunções: atende o telefone, cumpre despachos, acalma utentes e ainda arranja a impressora — tudo pelo mesmo salário de quem, aparentemente, trabalha por amor à arte.
Mas coragem: um dia, quem sabe, a valorização chega. Provavelmente por correio, registado e com aviso de receção… a cargo do próprio oficial de justiça, claro.
.................................................. INICIATIVAS COMPLEMENTARES:
E vão dois.
Sem duvida.Chulos.
Há mais do que eles pensam.Fazem porcaria e cheg...
Esse sujeitinho teve afinal aquilo que merecia emb...
Como oj sou sindicalizado fora sfj e soj.Apenas...
Nunca mas nunca votarei no c.o.j. são uns paus man...
Por estas e outrasPassei e serei e votarei CHEGAMU...
Certeiro. Mas é preciso gastar o dinheiro do prr....
Até morrerNunca desistirei do roubo.
Para ti e outros que tais mtrto CHEGA na mesa de ...
como se o chega resolvesse o problemaalguns gostar...
Muito bem.
Ainda gostava de saber para que é necessário um Ba...
Ojs há muitos e bem de vida
30 anos desta merda
Há mais.Contra o roubo sempre!
Isso é muito pouco inteligente.O que devemos fazer...
Se ninguém fosse votar ou votassem em branco nas e...
6 oficiais de justiça na grande manifestação de ho...
Chega mesmo!Trafulhas por trafulhas.Chega!
Enquanto houver "portas giratórias" para os nossos...
Depende sempre da perspectiva, obviamente. Para já...
Continuarei de baixa até que me reponham um escal...
30 anos de mentiras. Por isso passei a votar CHEGA...
A ser verdade está informação, e a confirmar-me qu...