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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
A carreira de Oficial de Justiça é muito apelativa e ambicionada por muitos, como o demonstram com ansiedade os mais de 600 candidatos que até ao final desta semana (07AGO-SEX) devem concluir os seus requerimentos para o movimento extraordinário. No entanto, será esta uma carreira de facto interessante ou apenas uma profissão a que se deita a mão enquanto não se arranja melhor?
A esta questão muitos têm respondido afirmativamente e conseguido mudar de carreira para as mais diversas profissões, seja na área da Justiça seja noutras quaisquer. É certo que a maioria fica e fica preso ao trabalho que absorve todo o tempo disponível e não permite mais nada, como a compatibilização das suas funções com a frequência de cursos e ainda com a família. Ainda assim, muitos há que vão compatibilizando, ou esforçando-se para compatibilizar o mais possível, tentando fugir das garras desta carreira que vampiriza não só o tempo como o pensamento, pois não raro se vai para casa a pensar nos processos.
A este propósito, o jornal “O Mirante” publicou na semana passada um artigo sobre uma ex-Oficial de Justiça que, após 20 anos de carreira nos tribunais viu-se desiludida não só com a carreira como com a função pública, tendo constatado que a progressão na carreira não passava de uma utopia, motivo que a levou a abandonar a carreira que desde há 20 anos exercia.
Clara Maria Pereira dos Santos Rodrigues chegou a exercer como Escrivã de Direito nos Juízos Cíveis de Lisboa (no Palácio da Justiça) no ano em que abandonou a carreira de Oficial de Justiça.
Durante o serviço foi estudando Direito, como trabalhadora-estudante, e, após se licenciar, não hesitou em abraçar um cargo como notária, encontrando-se hoje em Salvaterra de Magos, cargo que ocupa desde dezembro de 2006.
A seguir se reproduz parte adaptada do mencionado artigo:
Hoje, com 50 anos de idade, é uma profissional muito exigente consigo própria que não lida bem com o erro e gosta de deixar o verbo “falhar” bem longe do seu dicionário.
“Salvaterra de Magos foi a minha primeira opção. Queria trabalhar num sítio pequeno e próximo de Lisboa, com um bom arquivo de preferência”, brinca a ex-Oficial de Justiça, enquanto desfolha pastas de arquivo com cerca de duas centenas de anos.
As suas semanas são uma roda-viva entre Salvaterra de Magos e Sintra, onde reside. Acorda todos os dias às 06H30 e pouco depois das oito da manhã já está a trabalhar. As viagens de volta para casa são inevitavelmente passadas a pensar nos problemas do trabalho.
“Ser notária é uma profissão que exige muita responsabilidade. Lido com questões difíceis e há muito em que pensar”, admite a profissional, natural de Vila Real. Muitas vezes dá por si a pensar como são felizes as pessoas que exercem funções que não exigem tanta responsabilidade, mas na verdade adora a sua profissão.
Depois de concluir o ensino secundário na área de Ciências e Tecnologias, Clara candidatou-se aos cursos de Enfermagem e Engenharia Civil e também a um concurso para Oficial de Justiça. Assustada pela ideia de trabalhar o resto da vida por turnos, desistiu do sonho de ser enfermeira e ingressou no curso de Engenharia Civil. “Era uma área com futuro naquela altura de “boom” na construção civil”.
Durante algum tempo tentou conciliar a faculdade com o estágio de Oficial de Justiça, mas acabou por se render aos tribunais.
Volvidos vinte anos de trabalho, estava desiludida com a função pública. As promessas de progressão na carreira não passaram de uma miragem e Clara sentia necessidade de obter mais formação.
Aos 35 anos, decidiu estudar Direito enquanto trabalhava no Palácio da Justiça, em Lisboa.
“A minha vasta experiência com tribunais ajudou-me muito na parte prática do curso”, salienta.
Quando terminou o curso, em 2004, deu-se a privatização do notariado. Estagiou como notária em Lisboa com um notário que trabalhou em Salvaterra de Magos, nascendo aí a primeira ligação à vila ribatejana. Tomou posse no Cartório Notarial da localidade há nove anos e está feliz com a sua escolha.
Desde cedo que Clara começou a trabalhar durante os períodos de férias letivas para arranjar algum dinheiro para as suas coisas. A par com a tarefa de cuidar dos cinco irmãos mais novos, trabalhou como monitora nas Ocupações de Tempos Livres (OTL) e exerceu funções como administrativa em algumas escolas de Vila Real. Prendada para a costura, aproveitava também os tempos livres para fazer algumas peças de roupa. “Naquela altura não existiam as lojas de roupa barata que temos hoje e eu ia fazendo umas roupas para mim e para os meus irmãos como forma de economizar”, explica.
O Ministério da Justiça, reiteradamente, não cumpr...
Espero que amanhã, dia da tomada de posse do Senho...
então conhece mal os colegas em geral
há muitos mesmo
bem verdade! como se pode motivar o ingresso com q...
verdadinha!
bem dito
Bom artigo
Concordo plenamente.Mas com o rombo que ai vem, ja...
Muito bem SOJ. Com estas atitudes quase me apetece...
Concordo.Sāo comentários pouco dignos de Oficiais ...
Parabéns ao SOJ e o meu muito obrigado, por não de...
*quem paga
É você que pagam as contas dos colegas a quem cham...
Possuo autorização de residência apenas.Mas posso ...
E foi autorizado(a) pela Senhora Diretora Geral da...
Basta ler alguns comentários acima escritos, para ...
Oficial de Justiça oferece-se para pequenas repara...
Oficial de Justiça oferece-se para pequenas repara...
Sem dúvida. Dos 700€ os mais novos ainda tirarão, ...
Já só faltam 25 dias para o termo do prazo fixado ...
idiotaadjectivo de dois géneros e nome de dois gén...
res·pei·to(latim respectus, -us, acção de olhar pa...
Concordo inteiramente com o comentário das 13:16, ...
A forma como termina o seu comentário diz muito de...