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Bem-vindo/a ao DIÁRIO DIGITAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE PORTUGAL publicação periódica independente com 8 anos de publicações diárias especialmente dirigidas aos Oficiais de Justiça
O Presidente da República anunciou ontem que já começou a ver uma luz ao fundo do túnel e, por isso mesmo, prorrogou o Estado de Emergência por mais quinze dias.
Essa luz que o Presidente da República diz que vê, ainda não a conseguimos ver, pensamos que se possa tratar de alucinação visual de tanto fixar o escuro ou então a luz que vê não é da saída do túnel mas a de um comboio que lá vem e nos pode atropelar.
Mas se em Portugal há quem veja uma luz, em Itália veem arcos-íris.
À data que se escreve isto o número de mortes em Portugal triplicou nos últimos 15 dias e já ultrapassou as seis centenas. Tudo isto sucedeu no espaço de um mês desde que se anunciou a primeira vítima mortal.
Estas 600 pessoas e respetivas 600 famílias não viram nenhuma luz ao fundo do túnel nem sequer arcos-íris. Também não viram curvas estatísticas em planalto e nem sequer viram os seus familiares nos últimos momentos de vida nem se despediram na morte.
O número de infetados confirmados, porque realizaram teste, supera os 18 mil.
Perante estes dados e bem sabendo que se mostram deflacionados pelo problema real da falta de realização de testes de uma forma mais abrangente e rápida, havendo até municípios a adquirir testes que, embora diferentes e apesar de não entrarem nas estatísticas, permitem apurar informação sobre os testados para que se realize um juízo sobre o seu estado; apesar de tudo isto, todos sabem que bastaria com deixar de fazer testes para se anunciar o fim da subida dos infetados.
Nos tribunais, alumiados pela luz do fundo do túnel, começou-se a regressar lentamente à rotina diária. As marcações de audiências com os intervenientes principais em casa está a tornar-se algo muito comum e poderá passar a ser raro ver-se uma audiência ser notícia, como a que esta semana a TVI24 divulgou, apresentando um julgamento na Madeira como sendo o primeiro onde se utilizaram máscaras e viseiras; ser notícia não pelas viseiras e máscaras mas pelo simples facto dos intervenientes estarem, em simultâneo, numa mesma sala de audiências.
A audiência de julgamento é a manifestação máxima do órgão de soberania, é a sua particularidade diferenciadora de todos os demais órgãos, é a arena da representação e é o circo máximo onde correm as vidas das pessoas.
A utilização de meios que permitem intervenções à distância pode dar um ar muito moderno e desenrascar muitas situações mas sempre vinha sendo utilizado de forma complementar e não de forma principal. Os intervenientes principais estavam presentes na arena.
Ao transformar aquilo que era complementar em principal, ao pugnar pelos interesses pessoais em detrimento dos interesses do coletivo, os representantes da soberania do órgão estão a transformar-se em meros administradores repartidores de decisões e dados estatísticos, destruindo um pouco mais a imagem da justiça.
Os Oficiais de Justiça ainda estão lá mas já são meros técnicos de informática que permitem que todos possam estar ausentes. A representação da justiça nos palácios da justiça é agora feita pelos Oficiais de Justiça que ligam monitores e gravadores áudio.
Por isso, ver que na Madeira se realizou uma verdadeira audiência de julgamento com todos presentes e em que o recurso a meios de intervenção à distância é apenas uma complementaridade, é espantoso e deve ser notícia por isso e não propriamente pela utilização das viseiras.
Assim, os Oficiais de Justiça e outros que olhem para o fundo do túnel e vejam uma luz, poderá ser apenas um simples reflexo na viseira. Mas não retirem a viseira para ver melhor sem reflexos, não só porque vos permite também ver a tal luz que alguns dizem ver, passando a pertencer a esse grupo restrito de visionários, o que, para usar uma expressão da diretora-geral da Saúde, vos “transmite uma falsa sensação de segurança” mas pacifica, mas também porque ao manter a viseira posta, ao mesmo tempo, ela vos protegerá no caso de alguém espirrar ou tossir na vossa cara.
Está a ser passada a mensagem e a ideia de que o facto de em todos os tribunais já haver viseiras para todos, é motivo de regressar à normalidade, porque já há uma proteção e é essa a proteção.
Pode ver a notícia da TVI24 acedendo pela hiperligação incorporada.
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Completamente de acordo com o artigo. Há que desta...
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Desculpe, mas não consigo entender que mensagem qu...
Já não é graxismo ou lambebotismo que se diz!! Ago...
Volto a parabenizar: Bem haja este blog!
Ainda não viram que querem nos aproximar cada vez ...
Lamento não concordar, mas à luz da realidade o q...